Pólipos Intestinais: Diagnóstico e manejo
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O câncer de Cólon e Reto (câncer de intestinoou colorretal) ocupa a segunda incidência de câncer dentre os dez mais frequentes no Brasil, entre homens e mulheres, conforme dados divulgados peloINCA (2020). Além disso, foi estimado 41.010 novos casos, no último ano. O surgimento de cânceres colorretais tem origem apartirde pólipos adenomatososem mais de 95% dos casos, com processo evolutivo de cerca de dez anos, na sequência adenoma –carcinoma. A boa notícia,é que este tipo de câncer pode ser rastreado e diagnosticado precocemente. Nos Estados Unidos, a taxa de mortalidade vem reduzindo nos últimos vinte anos, em virtude da realização do rastreio colonoscópico(ASCRS, 2020).
Como podemos prevenir o Câncer de Intestino? Com a identificação precoce e remoção dos pólipos adenomatosos.
Vemos a seguir, algumas recomendações que podem prevenir o desenvolvimento do câncer!
• Consultar especialistas do aparelho digestivo: coloproctologista, gastroenterologista;
• O alvo de rastreio são pacientes assintomáticose sem histórico familiar,devendo começar a investigação a partir dos 50 anos, por meio de algumas opções diagnósticas como a colonoscopia (a cada 10 anos), colonoscopia virtual ou retossigmoidoscopia flexível (a cada 5 anos), exame contrastado do intestino (enema opaco, a cada 5 anos) e o exame anual de pesquisa de sangue oculto nas fezes;
• Para os pacientes com históricofamiliarde câncer colorretal ou pólipos adenomatosos antes dos 60 anos,estesdevem realizar o exame de colonoscopia a partir dos 40 anos de idade;
• Parapacientes com síndromes hereditárias de câncer colorretal (comoasíndrome de Lynch e poliposeadenomatosa familiar) e aqueles com doençainflamatória intestinalcom mais de 8 anos de início (comocolite ulcerativa crônica ou doença de Chrohn) seguem com um programa de rastreamento diferenciado,guiado pelo especialista;
• É importante ressaltar que os pacientes que apresentem sintomas como: diarréia crônica, dor abdominal, perda de peso, anemia e sangramento retal, devem realizar investigaçãoimediata.
Colonoscopia
A colonoscopia dentre os métodos de rastreiodocâncer colorretal,é o padrãoouro.
É um exame que possibilita a visualização de todo o cólon, com identificação eremoção dos pólipos adenomatosos ebiópsia das lesões. A polipectomia colonoscópica é o procedimento que permitea remoção dos pólipos, umavezquequalquer tecido adenomatoso podeapresentar algum potencialmaligno relacionado diretamentecom o maior tamanho do pólipo. É importante salientar, que este procedimento deve ser realizado em serviços de referencia e por profissional dedicado, a fim decontribuir paraminimizaçãodos riscos esucesso terapêutico. Diante do exposto, é racional realizar o seguimento endoscópico pós-polipectomia, apartir de avaliação completa e em boas condições de preparo intestinal; isto é, para aqueles pacientes quer ealizaram ressecção de pólipos adenomatosos no intestino grosso, apresentando assim risco aumentado de ocorrência de novos póliposou de pólipos não detectados, quando comparado à indivíduos sem histórico pessoal ou familiar.A vigilância endoscópica é realizada com seguinte periodicidade e indicação: -Anualmente (pacientes que apresentem síndromes hereditárias ou que tiveram mais de 10 pólipos de qualquer tamanho);-De três em três anos(para pacientes que apresentaram 3 a 10 pólipos menores de 1 cm ou 1 pólipo maior que 1 cm);-Decinco emcinco anos (para pacientes que apresentaram 1 a 2 póliposmenores de 1 cm).
Portanto,por sua alta incidência e relação direta com o aparecimento de pólipos, podemos afirmar que os recursos preventivos de rastreio e vigilância possibilitam a interrupção deste ciclo evolutivodo câncer de intestino, além de constituir uma importante alternativa para o enfretamento desta problemática de saúde pública.
– Dr. Tarcísio Carneiro
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